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TERRA SEM MAL

Como símbolo de resistência, o mito de “A Terra do Não-Mal” - A terra sem mal, desafia a ordem política e social atual. Vindo da mitologia Guarani, refere-se ao mito de uma terra onde não haveria fome, doença ou guerra. A busca por uma terra sem mal é considerada um dos principais instrumentos de resistência do povo Guarani contra o domínio dos colonizadores espanhóis e portugueses. Levando em consideração a demarcação e domesticação de terras, a busca por uma terra onde a liberdade seja resgatada e os ciclos naturais sejam respeitados exige imaginação e ação.


Para acreditar, primeiro temos que imaginar e criar a possibilidade de um novo terreno. Esta exposição apresenta dois aspectos desse mito: a utopia e a distopia que acompanha a realidade no Brasil. Esta mostra coletiva reúne artistas cujas obras estão enraizadas nas ideias mutuamente complementares de desterritorialização e saudades (palavra que mal se traduz como uma combinação de nostalgia e intensa saudade), e desafia fatos históricos para reimaginar realidades futuras.


O grupo reflete uma nova onda de artistas brasileiros, subvertendo e inventando por meio de belas obras de arte o que a cultura brasileira representa. Considerando as raízes multiculturais do Brasil, os artistas desta exposição consideram os aspectos sensuais e fantásticos de um mundo onde novas profecias apocalípticas circulam com intensidade crescente. O humor e a postura estão presentes em toda a exposição, sugerindo uma rede de relações globais contextualizadas pelos mitos citados.
Em tempos difíceis, a busca por soluções exige pensar e caminhar juntos. Galvanizado pela busca por The Land of No Evil, cada artista apresentará uma perspectiva diferente sobre a natureza multifacetada, paradoxal e ainda assim fascinante do Brasil contemporâneo.

Curadoria de Stefanie Ferraz e Paula Turmina.

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